Os princípios do ESG precisam começar de dentro pra fora.

Uma análise da especialista em marketing e análises de mercado Cecília Caetano sobre o ESG.

O ESG, abreviação de “Environment, Social & Governance”, que traduzindo é “Ambiental, Social e Governança”, tem ganhado força no mundo e reflete uma necessidade do mercado de se adequar a padrões de sustentabilidade nessas três áreas. Boas práticas empresariais observadas e compartilhadas que cada vez mais são exigidas por toda a cadeia produtiva. Desde investidores, na tomada de decisão sobre em qual empresa investir, passando por políticas de governo, como exigência de indicadores para concessão de empréstimos, até o cliente final, que cada vez mais busca consumir de empresas que contribuem para um futuro melhor.

Preocupados e atentos a isso, indústrias também aderiram à essa “ferramenta” como indicador de contratação de fornecedores e outros pontos de contato do negócio. Reconhecendo alguns pilares e suas vantagens competitivas:

– Redução de custos
– Aumento da produtividade
– Fidelização de clientes
– Redução de riscos ambientais
– Redução de multas e interferências legais
– Melhora na retenção de talentos
– Melhora na satisfação dos funcionários
– Vantagem de mercado frente a concorrentes

Os princípios do ESG precisam começar de dentro pra fora: a segurança dos trabalhadores na indústria, a diversidade dentro dos negócios (gênero, raça, PCD…), programas de cuidado com a saúde mental, a atenção ao complience, e outras ações que valorizam e representam a intenção de boas práticas na governança corporativa do negócio.

A agenda ambiental talvez seja a mais percebida (e cobrada!) das indústrias: redução na emissão de gases poluentes, reflorestamento, redução do gasto de água, descarte de lixo, tratamento de resíduos sólidos, logística reversa, etc.

Esses dois pilares do ESG já causam reflexos sociais importantes no ecossistema industrial, mas mesmo assim é necessário observar as práticas de relacionamento com a comunidade, suporte a projetos de desenvolvimento local, programas de educação, parcerias com ONG’s, dentre outras ações que dependem de onde a indústria está inserida, a realidade local e suas necessidades.

Ainda que as indústrias tenham um foco muito grande na dimensão primária do negócio, é possível associar a operação às ideias do ESG, e isso vem sendo contemplado inclusive no Planejamento Estratégico das empresas, que já perceberam as vantagens de estarem alinhadas a esses princípios, e como resultado ganham-se todos: indústria, mercado e sociedade.